sábado, 31 de dezembro de 2011

Como mudamos o mundo?

Boa pergunta. E vc deveria perguntar a um cientista, mas quero tentar entender.

Um pensamento gera uma onda - de partículas sub-atômicas. Se esta onda for forte o suficiente, ela gera um impulso elétrico que atinge um neurônio - e o faz vibrar.
Se este impulso elétrico for forte o suficiente, ele se propaga para os neurônios seguintes que vibram em sincronia. Assim criam-se as sinapses, as ligações de neurônios.
Se vários neurônios forem atingidos e vibrarem em sincronia, surge uma onda cerebral (os cientistas admitem isso).
Uma onda, obviamente, se propaga e vai atingindo outros neurônios e os faz vibrar em sincronia. Assim mudam-se as pessoas - e as pessoas à sua volta.
É como a história dos dois pianos colocados em um grande salão: se você tocar uma nota em um piano, o outro piano lá do outro lado vai fazer vibrar a mesma nota.
O cérebro é o centro que comanda o corpo, como o corpo funciona e como a pessoa se comporta.
Os animais também têm um órgão assim.
As plantas também têm - quem orienta a fotossíntese, a busca por luz, por água?
E os minerais? Quem diz para eles que eles estão perto de estruturas semelhantes que devem juntar-se (formando jazidas), ou reagir deteriorando, por esemplo? Quem orienta as ligações atômicas? Os minerais também têm um "corpo" - não é complexo como o humano, mas é um corpo.
E se acreditássemos que os minerais têm consciência?
As informações vêm em ondas, de algum lugar, e são interpretadas pela consciência (conforme suas características, dentro de suas limitações ou interesses) que reage conforme suas características, dentro de suas limitações ou interesses.
Ainda fica uma pergunda: e aquele pensamento inicial? Ou, se vc acha que estou especulando, e aquele movimento inicial de partículas sub-atômica? De onde veio? Quem, ou o quê o provocou? Boas perguntas. E vc deveria perguntar ao seu coração.

Um sentido para a vida - Possibilidade que se abrem

Eu acho que podemos conversar sobre o post "Um sentido para a vida".
Por exemplo, o que são possibilidades que se abrem?
Os cientistas poderiam falar sobre partículas que aparecem e desaparecem, mas vamos falar de nosso cotidiano.
Se você estiver sentado na sua sala vendo TV e lá (na TV) aparecer a Angelina Jolie e vc pensar: "ah, eu gostaria de ser como ela". É uma possibilidade que se abre. Mas é um salto quântico bem grande (desde o tamanho da boca até o "tamanho" da conta bancária - sem falar no Brad Pitt e os seis filhos). Grande desafio.
Se a sua sala for rodeada por uma casa bem simples e sua TV mostrar uma mansão incrível e vc pensar: "ah, eu quero uma casa assim!". É um possibilidade que se abre. Mas ainda é um salto quântico difícil - a não ser que vc passe antes por um prêmio de loteria. Um pouco de fé (do tamanho de um grão de mostarda) e vc chega lá.
Se vc, na sua sala, pensa que estará ali ainda por 20 minutos: é uma possibilidade que se abre.
Bem, estas são as mais "vistosas", mas há muitas coisas que fazem parte de nossa vibração que ficam escondidas (como há muitas coisas sob sua pele que vc não vê). Nós somos bem complexos.
Assim, se vc sair para um passeio e presenciar um acidente de trânsito (ou mesmo que tome conhecimento do fato pela TV) era algo que vc (por tudo que tem experimentado) considerava "possível". Mesmo que não desejável, mesmo que não te atingindo diretamente, faz parte de vc.
Tudo que está em nossa vida foram "possibilidades que se abriram" e nas quais acreditamos.
E as surpresas? As descobertas? As traições?
Tudo começa ao nível do pensamento. Um marido traído não sabe conscientemente que está sendo traído, mas há pensamentos à sua volta e ele tem acesso a eles. Nós somos como aparelhos de rádio ligados, e quando encontramos a sintonia com a frequência certa (ou errada...) a coisa acontece.
Não há surpresas. Se vc "confia plenamente" em alguém mas, em seu íntimo, tem pensamentos como: "Bem, se acontecer..."; se vc diz com força e convicção: "É impossível", mas algo em seu íntimo estremece... não é sinal de que vc está sendo traído por outra pessoa. É fato que vc está sendo traído por vc mesmo. Vc está emitindo uma vibração e... eu não sei onde ela vai chegar. Sei que se vc alimentar ela pode crescer. Se liga aí.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Um sentido para a vida

Encontrei neste endereço
http://www.orkut.com/CommMsgs?cmm=17405251&tid=2537655725830791539&na=2&nst=656
o desabafo de uma mãe procurando informações sobre Realidades Paralelas para reencontrar o filho falecido. Como escrevo demais, foi mais fácil colocar minha opinião aqui.
Acabei escrevendo a ela e espero que possa interessar a mais alguém. Seria uma alegria.



Stael, olá!
Não sei se é este o seu nome - como não informei minha senha ao Orkut, para mim aparecem todos como “Anônimo” (estou pegando os nomes pelo diálogo). Estou escrevendo off-line agora.
Você recebeu duas excelentes respostas, mas se sua busca continua, permita-me também participar do debate.
Em seu primeiro post você dá a impressão que quer mudar o passado. Se foi um exemplo equivocado ou algo em seu inconsciente querendo mostrar-se, apenas você pode saber. No post seguinte você parece estar apenas buscando alívio para sua dor. Ou seja, se não captei errado, você se ilude com a esperança de mudar o passado, mas não acredita, de fato, nesta possibilidade. E isso tem a ver com o que a Yagami falou: seu padrão vibracional está totalmente identificado com a realidade em que você experimenta a ausência, a dor. E neste contexto, é melhor pensar naquele conselho.
Perdoe-me se faço esta observação, mas, como meu foco é autoconhecimento, foi a primeira coisa que percebi. E penso que é a primeira coisa que você deve perceber.
E como se muda isso (o padrão vibracional)? A resposta de sempre: fé. Eu não tenho filhos, mas sei o que é sentir dor, e imagino que pode parecer piada usar esta palavra nesta situação. Digo isso porque estes “novos’ conceitos parecem fazer sentido apenas para aqueles que abandonaram a razão e vivem uma fantasia.. Mas eu não concordo com isso: acredito que podemos, sim, fazer um monte de coisas “pouco convencionais”. Vou falar das coisas que acredito e tentar colocar em uma seqüência coerente.
Antes de tudo, advirto que não me apresento como especialista. No que escrevi anteriormente deixo bem claro que, também eu, apenas procuro respostas. E, nesta procura, tenho encontrado muitas informações de diversas fontes, de diversas origens, desde crenças religiosas do berço, alguns dogmas quebrados, notícias de descobertas e teorias científicas, textos da chamada “Nova Era” e, principalmente, observando a mim mesma e o que acontece ao meu redor. Apesar de minhas limitações atrevo-me a selecionar o que faz sentido para mim e escolher as “minhas” verdades HOJE. E aconselho a todos a fazerem o mesmo, que cada um busque a sua verdade, aquela que está dentro de seu coração.
O Começo de Tudo
No início (no fim, e no meio) era (será e é) Deus. O que é Deus? Acho que o termo mais conveniente para descrevê-lo é “Consciência”. Deus é a “consciência”, o conhecimento e tudo que existe, existiu e existirá, enfim.
E, sendo assim, tem consciência, também de sua própria “magnificência”. E, animado com isso, teve o desejo de experimentar-SE (isso se encontra no livro do Neale*) e criou criaturas que pudessem experimentar o melhor Dele: e aí entra o que chamamos de nosso Deus, puro amor, sabedoria.
[*Neale Donald Walsh - Livro “Conversando com Deus” (Trilogia)]
O Deus-Consciência, o grandão, não é bom nem mau: Ele apenas “É”. E ponto final. Não acredito (mais) nesta história de capeta. Penso que existe apenas “Deus” e “falta de Deus”. É como aquela história de escuridão: não existe escuridão, mas “falta de luz” (muito embora a escuridão possa ser tão assustadora que - temos a impressão - torna-se um monstro monstruoso querendo nos pegar. Nos desenhos animados da TV isso fica bem caracterizado). É como a história do frio: não existe frio, existe falta de calor (muito embora o frio possa ser tão contundente que, parece, nos penetra até os ossos). E a maldade: não existe maldade, mas “falta de bondade”. No livro do Neale aprendi (porque fez muito sentido, respondeu muitas dúvidas) que existe apenas um sentimento: o Amor. Neste mundo de dualidade (Deus, o grandão, existe num mundo de unidade: é ele e só) além do amor há o seu oposto: o medo. Ou seja, não é o ódio! Quando uma pessoa mostra ódio ou coisas negativas é porque está ferida e com medo. A sabedoria popular usa expressões como “pessoa vazia”, “coração vazio”: Sim! É “falta de amor”. Então, quando os religiosos vierem com aquela conversa de que se alguma coisa não está bem é porque é falta de Deus, não desdenhe: é isso mesmo! O problema é que nós não concordamos muito sobre o que seja Deus, mas isso é outra história.
Bem, e o que, para mim, é Deus?
Vamos por partes. Na Bíblia fala que Deus, ao criar o Homem, disse: “façamos o Homem à nossa imagem e semelhança”. E o Homem (arrogante) inverteu as bolas: “Opa! Então Deus é a minha imagem: ele é um velhinho de barba! E Deus é a minha semelhança: então ele gosta de briga!”. E, assim, carregamos até hoje a imagem do Deus da Guerra, igualzinho aos reis da época. E eu cresci bem confusa com o estranho Deus magnânimo, generoso, capaz de perdoar os crimes mais odiosos e... de eliminar uns coitados por coisas ridículas. Por submissão eu aceitei aquela história de “nós não entendemos o porquê, mas Deus sabe...”.
Não aceito mais porque sempre foi difícil, para mim, aceitar um Deus tão sádico que me joga num ambiente tão hostil, para purgar um pecado de uns locos lá que eu nem conheci, e eu tenho que andar às cegas, sem saber para onde, e não posso errar, e mesmo sentindo dor sou castigada e nem me contam se errei ou estou pagando pelo que vou errar...
Por isso fez sentido, para mim, quando li que nós temos uma alma (uma parte não física, nos termos de Abraham*) que escolhe as condições de nosso nascimento (Seth de Jane Roberts) e se enfia em nosso corpo. É isso mesmo: nós somos esta alma (“nós não somos um ser físico tendo uma experiência espiritual; nós somos um ser espiritual tendo uma experiência física”). Claro que isso não mudou nada nos meus dramas, todas as lambanças continuaram nos mesmos lugares; mas mudou o sentido! E isso cria motivação, que cria força, enfim.
[*Abraham - inspirações de Esther Hicks que diz que se trata de espíritos (consciências, não espíritos de pessoas mortas) que falam através dela - e eu acredito! Mais: acredito que isso acontece com todos nós (ou aconteceria, se aprendêssemos a “linguagem dos anjos” – pois é, Deus não fala português, nem inglês, nem esperanto: Deus é “não físico”).]
Por issso, Stael, entendi quando você disse que o que a faz sofrer é a falta de uma explicação que a convença (da validade de sua experiência, não é?). Por isso senti uma necessidade tão urgente de lhe escrever. Da mesma forma que você, e eu, suponho que há outros (sim, você que está lendo aqui). Há já algum tempo planejo retomar um projeto de criar um site para expor minhas divagações. Quando soube da morte de Jerry Hicks (marido de Esther Hicks) fiquei imaginando como alguns poderiam utilizar isso para desmotivar-se. Foi por isso que encontrei seu post, porque estava procurando pelas reações a este acontecimento. E estou precipitando meus planos nesta postagem porque sei que a época de Natal é particularmente emotiva. Espero conseguir, ao menos, mudar seu foco. Na verdade, “ao máximo”, porque tudo se trata disso: do foco.
Pois é, os religiosos dizem que Deus é, sim, coerente. Eu acho que Deus é mesmo coerente. Incoerentes são as interpretações humanas acerca dele. Bem, aí está: eu decidi confiar mais no que eu sinto do que no que os outros falam e tentam impor. Eu acredito que Deus nos fala, sim! Sempre me disseram que nosso corpo é a morada de Deus (olha só!) e que o Espírito Santo nos guia, que devemos ouvir nosso coração (mas ser profeta não é para qualquer um; tem uns sujeitos que podem te dizer no que você deve acreditar ou de que fugir). Um dia eu me dei conta: Deus fala dentro de nós e quando sentimos algo ruim é porque Ele não está gostando, ou seja, esta é a linguagem de Deus: o sentimento (ora, sempre ouvi que Deus é Amor! Só poderia ser esta a sua linguagem).
Então fui me permitindo ler textos “não recomendáveis” nos meios religiosos e descobri muitas de minhas descobertas fazendo parte dos ensinamentos de muitos por aí. Abraham, por exemplo, compara nossas emoções a um GPS que nos indica nossa posição em relação à nossa alma. Descobri, também, muitas pessoas dizendo “eu já sabia, sempre pensei assim”. Eu acredito. Acredito que todas as respostas estão dentro de nós.
Mas, tudo bem, podemos encontrar algo por aí também. Eu encontrei muitas coisas interessantes que deram sentido a muitas coisas em minha vida. E foi uma experiência interessante perceber como é difícil equilibrar os diversos aspectos de nosso ser; mente e emoções, por exemplo, vencer o medo de aceitar novos paradigmas. Foi imensamente difícil permitir-me ler algumas coisas que me davam alívio, porque elas iam de encontro às crenças antigas (mesmo sendo estas tão inconsistentes). Foi interessante porque pude olhar o medo. E olhando o medo, olhei para dentro de mim, enxerguei meus vazios. E o mais impressionante: foram meus vazios que me levaram a certas situações que me fizeram sentir medo (sentir meus vazios), que me obrigou a olhar (descobrir) meus vazios. Depois disso vem a decisão de o que fazer com eles.
E onde entra Deus nisso? Pois é, Deus criou suas criaturas para experimentar a si mesmo, que criaram criaturas para se experimentar. Não sei quantos graus tem esta hierarquia e nem me importa porque o que eu aceito hoje é: tudo que existe é Deus, uma consciência, que quer experimentar-se, e para experimentar-se Ele cria situações com “o poder de Sua mente”, mesmo que, para isso, precise impor algumas restrições à sua consciência. O que significa isso? Que Deus “fraciona”, digamos assim, sua consciência (sem perder a totalidade) para observar alguns aspectos específicos. É importante lembrar que estas “consciências fracionadas” têm algumas restrições de consciência, mas, ainda assim, foram criadas “à imagem e semelhança” do Criador. O que significa isso? Que nós também podemos criar situações para experimentar-nos. E fazemos isso. Abraham fala que tudo que entra em nossa experiência recebeu um “convite” nosso.
É bem complicado isso. Em primeiro lugar, aceitar que nós criamos nossas desgraças, depois entender porque o fizemos. Quem quiser encontrar esta resposta deve procurar dentro de si mesmo, porque cada um sabe apenas das próprias motivações, dos próprios sentimentos. Mas não é obrigatório encontrar esta resposta. Talvez sua alma tenha sentido o desejo de nascer com restrições físicas para experimentar a superação. Talvez tenha desejado experimentar uma doença para experimentar a cura (Abraham, falando a uma mulher com doenças muito graves, diz que ela estava procurando “seu poder”). Talvez tenha desejado experimentar uma doença para colaborar na busca da cura. Certo, e as pessoas ao redor? Porque sofrem junto? Não é por acidente. O texto “A Pequena Alma e o Sol” no livro do Neale torna isso lógico. Mas, ainda, por que o sofrimento? Que sentido há no sofrimento? Não há sentido nem necessidade de sofrimento (calma, eu explico).
É assim: nós nos submetemos a “contrastes” (tudo que está por aí) e escolhemos o que queremos trazer para nossas vidas e o que fazer com isso. Não se trata daquela coisa comodista de aceitar as desgraças com resignação. Claro, pode ser se você sente em seu íntimo que deve aprender a resignação – mas, mesmo assim, sempre haverá o livre-arbítrio e, se estiver pesado para você, tua alma que encontre outra vida para satisfazer sua curiosidade. É por isso, inclusive, que a reencarnação faz sentido para mim. Mas não se anime com idéias de suicídio porque, se sua alma for como a minha (que mesmo nesta vida, como eu não enfrentei certas situações me as trouxe com muito mais intensidade) melhor resolver tudo de uma vez porque tua alma é você mesmo e, na próxima vida, vai ser você de novo.
Então, por isso insisto no autoconhecimento, porque se podemos viver sem os porquês precisamos saber, pelo menos, o que queremos para saber o que fazer com o que temos em nossa vida. É mais ou menos como o adolescente decidindo por sua vocação.
Então, Stael, em seu caso específico, eu não sei o que você procura. Talvez seja conhecimento, talvez seja descobrir, de fato, como acessar realidades paralelas. Siga seu coração.
Se for acessar um universo paralelo onde seu filho venceu a doença e vocês todos vivem felizes, devo dizer que tal universo não existe. Hã muita falta de entendimento neste assunto (perdão pela petulância, mas vou me explicar o que penso sobre isso). Esta tal realidade que você, certamente, tem imaginado pode até existir (de tanto você imaginar, pensar), mas não está acessível a você. Pode estar acessível a uma outra consciência que (isto é importante) alcançou um padrão vibracional compatível com esta realidade. Eu afirmo que não é seu caso porque você fala de dor: seu padrão vibra dor. Não pode vibrar a alegria do milagre da cura do seu filho. Em outras palavras: você não criou aquela realidade e por isso não pode vivê-la.
Neste ponto alguém pode dizer que as conversas de universos paralelos são falsas e a história do concurso também e etc. Não. Eu tenho certeza: é possível mudar o passado.
Há algo muito importante que poucos consideram: o “eterno agora”. Nós vivemos uma ilusão de tempo linear, mas tudo acontece agora. O que aconteceu no passado e o que vai acontecer no futuro, tudo está na mente de Deus, o grandão, a Consciência. É por isso que o Deus no livro do Neale fala que ele criou seres para experimentar a si mesmo: nós estamos experimentando Deus! Abraham disse que todos os pensamentos que já foram pensados ainda existem. E nós estamos neste grande salão (o sótão da vovó) procurando coisas para brincar. Mas como somos seres espirituais, ao invés de estender a mão para tomar algo que nos interesse, nós nos focamos, alteramos nosso padrão vibracional e somos: nós nos tornamos o brinquedo.
E podemos “largá-lo” na hora que quisermos: basta mudar o foco.
E “mudar o passado”, onde entra nisso? Olha só, passado não existe. É apenas nossa percepção porque acreditamos nele. E, da mesma forma que fizemos com Deus, olhamos para esta questão de nossa perspectiva humana e imaginamos que existem outros “nós” em realidades paralelas e queremos encontrar uma maneira de “pular” para alguma delas. Não é assim. Eu não acredito assim.
Se você olhar um filme, qualquer filme que mostre viagens no tempo, vemos as personagens indo para o passado, por exemplo, mudam algo, e, na volta, encontram as conseqüências da mudança. Observe: o intervalo entre o momento da mudança e o momento em que a personagem está não é mostrado porque fica para nossa imaginação fechar as lacunas. E é assim que nós fazemos. Nós imaginamos (isso mesmo: imaginamos) que aconteceu algo e vivemos as conseqüências no presente. Assim, você, Stael, entrou no “sótão da vovó”, viu uma situação, focou-se nela, tornou-se ela. Todo este interregno é criação de sua mente (este é o tal Maya que comentam, a tal ilusão. Tudo o que vivemos aqui é bem real, real como Deus; a ilusão é que estamos presos neste espaço-tempo). Eu concordo com Bashar, a cada momento olhamos para as possibilidades que se abrem e podemos escolher qualquer uma delas, mas escolhemos a mais aceitável, a mais “perto” de nosso foco. Aqui dá a impressão que tem a ver com tempo linear, mas não é isso: como estamos focados, estamos vibrando em determinado padrão e (preguiçosos), escolhemos possibilidades que não exijam “saltos quânticos” muito difíceis. Difíceis, mas não impossíveis.
O que você está experimentando, neste momento, é o momento em que tudo foi feito e você procura acalmar sua dor. É com isso que você se identifica, este é o seu padrão vibracional. Se você quer mudar seu padrão vibracional, identificar-se com a mãe feliz que olha para seu filho no quarto e pensa “superamos isso”, é preciso entender que tudo tem origem em seus pensamentos (“assim como imaginas em sua alma, assim é”, da Bíblia). Você precisa acreditar que está vivendo aquilo: você precisa ter “fé”.
É preciso tomar cuidado com isso porque vemos muitas pessoas que vivem no limiar de duas ou mais realidades. Isso acontece por “acidente”; porque a pessoa não consegue suportar a realidade que vive nem tem forças para acessar outra; enfim, muitos motivos. Mas com isso não quero fazer terrorismo para desmotivar a aventura. Ao contrário, quero apenas aconselhar que se tentar e quiser mesmo conseguir: jogue-se de cabeça. Isso não significa uma atitude violenta. Ao contrário, é apenas largar tudo, todas as resistências, imaginar-se naquela situação e vivê-la.
Nós já fazemos isso. A qualquer momento que quisermos. Nós nos voltamos para nosso íntimo e vivemos nossos desejos. Mas nos parece tão irreal e, por isso, tão pouco. E é irreal e pouco: é o início apenas. Quem tiver paciência e força faz isto crescer até que se torne visível. É um desafio, e cada um deve ouvir seu íntimo para saber qual é o “seu” desafio.
É isso o que penso. Correta ou delirante, espero que sirva de base a novas divagações, novas descobertas, novas e mais felizes experiências.
Feliz Natal
Feliz Ano

Morreu Jerry Hicks

Pois é, morreu Jerry Hicks. Que pena, ele se mostrava uma pessoa muito gentil em alguns vídeos que vi. E, além disso, sendo um curioso, eu fico imaginando o tamanho do conhecimento que ele acumulou tendo uma fonte de informações como os Abraham bem ao seu alcance.
Fico, também, imaginando o desafio de Esther Hicks de encontrar o equilíbrio entre o que ela sabe (e prega) e o que sente neste momento.
Claro que é apenas um desafio igual ao de tantos outros com conhecimento espiritual que vê partir um ente querido, mas no caso dela é um pouco mais pesado, porque ela afirma que conversa com seres que conhecem o “lado de lá” e - que coisa! - ele morreu de câncer! Fico imaginando o impacto disso na opinião pública. Ah, Sr. Jerry! Saiu de fininho e deixou uma batata quente para D. Esther! Gostaria de oferecer meu apoio, respeitoso, a ela.
A primeira pergunta que me vem à mente é: como uma pessoa como ela que encontrou aquele ponto de bem estar, aquele suficiente para conversar com Abraham, e se mantém nele a maior parte do tempo, como pode ter atraído uma situação assim?
E a primeira resposta que me vem à mente é: bem, E!en, esta situação é “assim” de TEU ponto de vista porque ela tem todo um ambiente (material, virtual, externo, interno, experiências, conhecimento, visão de mundo, maneira de reagir emocional e intelectualmente etc.) diferente do teu e, por isso, talvez este “contraste” seja percebido de maneira bem diferente. Fala sério! Que maneira bem diferente, se ver alguém querido morrer de câncer é algo terrível em qualquer lugar?
Pois é, será que é mesmo tão terrível em qualquer lugar? Em todas as mensagens dos Abraham que tomei conhecimento eles se mostram muito pouco preocupados com os dramas humanos. E, apesar de meus dramalhões serem bem dramáticos, eu acredito nos Abrahams porque eles me deram a explicação mais consistente de porque Deus, o nosso Deus, fica tão impassível diante do sofrimento de seus filhos ao longo dos milhares de anos. Eu não sei qual o grau de compreensão que Esther Hicks alcançou, mas não me cabe julgar porque eu acredito na possibilidade de ela, de uma perspectiva mais ampla, ter decidido encarar este desafio. Ou mesmo desta perspectiva humana, de todos os modos a mim parece uma experiência interessante alguém passar por isso com uma compreensão diferente.
Eu acho que você viver uma experiência de uma forma mais avançada, elevada (mais baixa e retrógrada também, oh oh), “abre precedente” - como nos julgados do Poder Judiciário. No caso dos julgados, uma sentença serve de parâmetro para outros juízes com casos semelhantes; no caso das experiências, os pensamentos que pensamos ao vivenciar algo permanecem para sempre e podem ser acessados por outros a qualquer momento e de qualquer local. Foi isso o que entendi desta história de “expansão”: agregamos pensamentos, sentimentos, emoções, experiências, e o que mais for, ao banco de dados (a biblioteca, a mente de Deus) - e, assim, vamos construindo nosso Deus da forma que o conhecemos: perfeição pura.
Interessante isso: no eterno agora o Tudo já está construído e perfeito, e nós o construímos com o que estamos experienciando e, ainda assim, para experienciar, buscamos informações na mente de Deus, e todas as experiências nós já vivemos... meu, só Deus para entender porque dá um nó no cérebro... mas é legal... só...
Pois é, mas ainda fica a questão: como esta doença teve espaço neste contexto?
Como Jerry Hicks, que tinha acesso, se quisesse, a todas as perguntas e a todas as respostas, não conseguiu reverter esta doença? E como conseguiu atraí-la?
Bem, a primeira coisa que temos que pensar é: ter a informação é uma coisa, colocá-la em prática é outra. Para quem duvida, ok, eu proponho: se eu fornecer uma biblioteca inteira de manuais de programação, você cria o Windows (nem precisa ser o Seven, pode ser o Milleniun mesmo, cheio de bugs)? E, assim, já tendo o original como exemplo, finaliza em quanto tempo?
Ou então: se eu conseguir um treinamento intensivo com cinco campeões mundiais de fórmula Um mais o melhor carro e melhor equipe da temporada, quanto tempo demora para ganhar um campeonato? Tudo bem, quanto tempo demora para ganhar uma corrida?
Vamos lá. Se eu te arranjar um transplante de consciência, colocamos a tua consciência no corpo do jogador de futebol Neymar, ou do Messi, e no pacote vão todas as habilidades e condicionamento físico, quanto tempo até criar a mesma rapidez de raciocínio e criatividade em relação a jogadas e eficiência em relação a resultados?
Antes da próxima encarnação, pode ser?
Tudo isso para dizer: pessoas são diferentes! Nós não somos gado andando todos para um mesmo lugar para um mesmo destino (bem, em última instância somos: viemos aqui para experimentar, expandir e voltar para a Fonte; mas você sabe que não é disso que estou falando). Existe, neste meio, uma imensa gama de interesses, desde o que nossa alma tinha em mente ao vir para cá até nossas escolhas que fazemos a cada momento.
O que percebi é que a pergunta mais recorrente para as pessoas que falam sobre poder da fé (mesmo usando termos e expressões mais modernas) é: você já ficou milionário?
Porém, é preciso entender que a pergunta não é essa. Primeiro que nem deveria ser feita a pergunta para o outro, porque a pergunta a ser feita é: o que você quer? Porque apenas sabendo o que queremos podemos nos direcionar ao que queremos. Mas muitos (nós, todos) se perdem aqui: porque não sabem o que querem. Aliás, é por isso que existem os contrastes: para que cada um olhe e escolha o que quer e o que não quer e crie novos elementos com novas misturas dos elementos existentes. E por que muitos se perdem, mesmo assim? Porque não decidem. E por que não decidem? Por medo, porque olham para o lado para saber o que o outro está fazendo e estacionam: ao invés de recolher a informação do que está acontecendo ao lado e utilizar em suas próprias criações, preocupam-se com o que o outro está fazendo, ou pensando, ou o que vai pensar (Ora o que os outros estão fazendo e pensando é o que eu deveria fazer e pensar; e todo mundo gosta de dinheiro então eu tenho que pensar, neste momento, em dinheiro. E eu gosto de dinheiro, então você também tem que gostar, senão você está errado; senão te falta algo “para o meu gosto”.).
Eu acho que isso mata a criatividade porque é a diversidade de interesses que leva a diversidade de criações. E essas diversas coisas criadas são o nosso contraste, o nosso ponto de partida para novas criações.
No caso de Jerry Hicks poderíamos investigar muitas coisas, a começar pelas causas metafísicas da doença, suas frustrações e desejos, enfim; mas será que vale a pena? Estamos falando de um homem completo, com alma que traçou um plano antes de vir aqui (algo me diz que sua Alma foi atendida), e uma consciência humana que fez escolhas que não sabemos quais foram e, menos ainda, quais as motivações.
É claro que há os que escolhem dedicar-se a entender as experiências alheias e tudo é válido - e tudo pode ser utilizado construtivamente também. Freud explica. Se este é teu caso, divirta-se.
O que acredito, porém, é em co-criação: se estamos tomando conhecimento da experiência de vida chamada Jerry Hicks é porque esta experiência pode ser válida em nossa própria experiência.
Assim, eu acho que a questão não é o que Jerry fez ou deixou de fazer, mas o que eu posso fazer ou deixar de fazer, baseada no que sei (importante: no que interpreto das informações que chegam) de Jerry.
Não estou dizendo com isso que não continuo curiosa com esta doença neste contexto, mas, será que não fiz um acordo com ele “lá do outro lado”, para ele me deixar saber disso e eu testar minhas reações e decidir o que fazer?
Estou lembrando do texto “A pequena alma e o sol” de Neale D Walsh.
Seja como for, muito grata Jerry Hicks, por tudo.
E, agora que Jerry não é mais o assunto, não foge não, fica aí porque a pergunta é: o que você fez para atrair a história de Jerry Hicks para sua vida? Em que você acredita? De que você duvida? O que você sente? Como você sente, a si mesmo e tudo? Isso é importante porque é o equilíbrio de seus sentimentos, emoções e crenças que resulta em sua criação, ou seja: no que você experimenta.
Desculpe, tenho que parar agora porque tem um monte de perguntas que eu preciso responder a mim mesma.
Tchau e cuidado aí, essa batata está quente...